segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Cirurgias no coração quase sem cortes salvam cada vez mais vidas

Gramado cedia o 5º Congresso Sul-Brasileiro de Cirurgia Cardiovascular e o 3º Simpósio Sul-Brasileiro de Circulação Extracorpórea

Dr. Francisco Gregori Junior citou que
"A falha do preparo é o preparo da falha" -
Benjamin Franklin
Foto: Fátima R. Oliveira
As doenças cardiovasculares são as que causam mais óbitos no Brasil.
As vítimas fatais chegam a 300 mil por ano. A região Sul lidera com o índice de 34,9%, seguida pela região Sudeste com 33,5% dos casos. As regiõesCentro-Oeste, Nordeste e Norte apresentam, respectivamente, percentuais de 30,2%, 29,8% e 23,9%. No mundo, oito milhões de pessoas morreram no ano de 2000 e a previsão para o futuro não é animadora, a Organização Mundial da Saúde calcula um aumento de 250% nos casos dentro de 30 anos. No entanto, a mudança para um estilo de vida mais saudável, evitando o tabagismo, o sedentarismo e alimentação inadequada, pode reduzir em até 80% o número de mortes por males cardiovasculares. Mas a Medicina desenvolve novos e menos invasivos procedimentospara frear a mortalidade. Sem abrir o peito do paciente, operações feitas através de pequenos cortes de 6 a 8cm, com auxílio de cateter e de instrumentos menores, já permitem substituir válvulas cardíacas, corrigirfibrilação atrial (forma de arritimia cardíaca em que o ritmo do coração é anormal), doenças da artéria aorta e implante de artérias. Comparada à cirurgia convencional que deixa o coração à mostra, a intervenção menos agressiva diminui a necessidade de transfusão de sangue, o risco de infecção, a dor, o tempo de permanência na CTI (Centro de Terapia Intensiva), os dias de internação e oferece recuperação mais rápida, além de maior sobrevida.


Fotos divulgadas durante o evento
Os avanços nas técnicas de cura das cardiopatias foram debatidos no 5º Congresso Sul-Brasileiro de Cirurgia Cardiovascular e no 3º Simpósio Sul-Brasileiro de Circulação Extracorpórea, presididos pelo cirurgião cardiovascular paranaense Rui Almeida e que ocorreram paralelamente, de 6 a 8 de agosto, no Serrano Resort, em Gramado (RS). Entre os temas que fizeram parte da programação científica coordenada pelo cirurgião cardiovascular gaúcho Eduardo Keller Saadi, destacam-se estratégias atuais para tratamento de insuficiênciacardíaca e infarto agudo do miocárdio, o uso decélulas tronco na cardiologia, novas tecnologias na cirurgias de aorta e valvopatias e, ainda, na cirurgia de revascularização miocárdica.